sábado, 25 de junho de 2011

Sinhô do Céu.


Óia gente que arápuca!
Lá na bêra do riberão,
A danada da sucuri ,
inguliú o jacaré,
e o danado do bicho hôme
inguliú a sucuri.

Sinhô do céu,

Nunca vi disso antes,
guerra ferrenha,
I eu que pensava
Qui nessa istrada
Nunca tinha pedra.

Mais qui montão...

Na istrada.

Pió é qui num tem fim

Êta istrada cumprida,sô.
I ocê ali,sozinhão!!

Tanto ôinho briando,

Briando por cunhecê,
Ocê já imaginô?
Quanto brio si apagô??
Morreu nu cunhecê??

Óia fica anssim na ignorânça

Mió num cunhecê.
Sinão o sistema do bicho hôme
Vai te cumê...

Vera Costaloga

24/05/1991

Poesia escrita num Work shop

em Busca da Palavra com o Professor Julião
da Usp-SP

Nenhum comentário:

Postar um comentário